SABER E FAZER
Expressionismo
O Expressionismo surge como uma reação ao Impressionismo, pois no primeiro, a preocupação está em expressar as emoções humanas, transparecendo em linhas e cores vibrantes os sentimentos e angústias do homem moderno. Enquanto que no Impressionismo, o enfoque resumia-se na busca pela sensação de luz e sombra.O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.
Alguns historiadores determinam para esses pintores o movimento ”Pós-Impressionista”. Os pintores não queriam destruir os efeitos impressionistas, mas queriam levá-los mais longe.
Principais características:
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Expressar as emoções humanas;
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Cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
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Dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
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Pasta grossa, martelada, áspera;
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Técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
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Preferência pelo patético, trágico e sombrio.
Paul Cézanne (1839-1906)
Cézanne antes de começar as suas paisagens estudava-as e analisava os seus valores plásticos, reduzindo-as depois a diferentes volumes e planos que traçava à base de pinceladas paralelas. Árvores, casas e demais elementos da paisagem subordinam-se à unidade de composição. As suas paisagens são subtilmente geométricas.
Sua principal tendência foi converter os elementos naturais em figuras geométricas – como cilindros, cones e esferas – que se acentuou cada vez mais, de tal forma que se tornaria impossível para ele recriar a realidade segundo “impressões” captadas pelos sentidos.
Nas suas numerosas naturezas mortas, tipicamente compostas por maçãs, levava a cabo uma exploração formal exaustiva que é de onde surgirá o cubismo mais tarde.
Chateau noir - Paul Cézanne |
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chateau Paul Cézanne |
Montagne Sainte-Victoire vista de Château Noir Paul Cézanne |
Cistern in the Park at Château Noir |
Paul-Cézanne-Maças |
Vincent van Gogh (1853-1890),
Empenhou-se profundamente em recriar a beleza dos seres humanos e da natureza através da cor, que para ele era o elemento fundamental da pintura. Foi uma pessoa solitária. Interessou-se pelo trabalho de Gauguin, principalmente pela sua decisão de simplificar as formas dos seres, reduzir os efeitos de luz e usar zonas de cores bem definidas.
Em 1888, deixou Paris e foi para Arles, o sol intenso da região mediterrânea interferiu na sua pintura, e ele libertou-se completamente de qualquer naturalismo no emprego das cores, declarando-se um colorista arbitrário. Apaixonou-se então pelas cores intensas e puras, sem nenhuma matização, pois elas tinham para ele a função de representar emoções. Em Anvers, uma cidade tranquila ao norte da França, em três meses apenas, pintou cerca de oitenta telas com cores fortes e retorcidas.
Em julho do mesmo ano, suicidou-se.
A sesta, 1889-90, óleo sobre tela, Vicente van Gogh |
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Retrato de Joseph Roulin, c |
Van Gogh 1889 Quarto Arles (3ª Versão) |
Autor-retrato com a Orelha Cortada, 1889, óleo sobre tela, Vincent Van Gogh |
Toulouse-Lautrec (1864-1901)
talvez o maior artista gráfico de sua época, é lembrado sobretudo por seus cartazes arrojados sobre os artistas de casas noturnas parisienses.
Lautrec incrementou a arte da gravação com a técnica chamada crachis (cuspidela); para obter o efeito pontilhado, espirrava a tinta na pedra litográfica com uma escova de dentes.
A genialidade no traço é a sua principal manifestação artística. Através dos anos, seu senso de humor levou-o a desenvolver um estilo onde a distorção beira os limites da caricatura. Os temas favoritos de Lautrec eram pessoas que encontrava nas casas noturnas e nos cafés de Montmartre.
Lautrec pouco se importava em representar as nuances da luz preferia a luz artificial, fria e imóvel dos ambientes fechados, mas reveladora do rosto verdadeiro. E o traço de seu lápis ágil anota um perfil, o movimento rápido de uma bailarina, uma sobrancelha que interroga, o gesto da mão que desperta do abandono voluntário, a expressão de uma rosto onde flagra o instante da alegria ou do desgosto, da saciedade ou da angústia.