SABER E FAZER
(1850-1900)
Realismo
Durante a primeira metade do século XIX, enquanto se travava o embate entre Neoclassicismo e Romantismo, o Realismo, força que iria dominar a arte na segunda metade do século, começa lentamente a aparecer.
O homem europeu, diante da industrialização, convenceu-se de que precisava ser realista, inclusive nas criações artísticas, deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da realidade.
A passagem do romantismo para o realismo corresponde uma mudança do belo e ideal para o real e objetivo.
São características gerais:
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O cientificismo;
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A valorização do objeto;
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O sóbrio e o minucioso;
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A expressão da realidade e dos aspectos descritivos.
A arquitetura e engenharia procuravam responder adequadamente às novas necessidade urbanas, criadas pela industrialização.
As cidades precisam de fábricas, estações, ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia.
ESCULTURA
René-François-Auguste Rodin (1840-1917) foi um importante escultor francês. Aos 13 anos de idade, entrou para uma academia de arte para aprender os princípios básicos das artes plásticas.
Rodin não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Sua característica principal é a fixação do momento significativo de um gesto humano.
Rodin O Pensador |
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Auguste Rodin- O Beijo (1886) |
Burgues de Calais |
Porta do inferno, Rodin |
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PINTURA
Características da pintura:
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Representação da realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenómeno da natureza, ou seja, o pintor procurava representar o mundo de maneira documental;
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Ao artista não cabe “melhorar” artisticamente a natureza, pois a beleza está na realidade tal qual ela é;
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Revelação dos aspectos mais característicos e expressivos da realidade.
Temas da pintura:
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a arte passa a ser um meio para denunciar uma ordem social, denunciando as injustiças e as imensas desigualdades entre a miséria dos trabalhadores e a opulência da burguesia. O povo, tornaram-se assunto frequente da pintura realista. Os artistas incorporavam a rudeza, a fealdade, a vulgaridade dos personagens que pintavam, elevando esses tipos à categoria de heróis. Heróis que nada têm a ver com os idealizados heróis da pintura romântica.
Gustave Coubert (1819-1877)
homem pragmatismo, desafiou o gosto convencional por pinturas históricas e temas poéticos, insistindo que a “pintura é ...uma arte concreta e tem de ser aplicada às coisas reais existentes”. Sua crença era “tudo que não aparece na retina está fora do domínio da pintura”. Foi considerado o criador do realismo social na pintura, procurou retratar nas suas telas temas da vida quotidiana principalmente as classes populares.
Gustave Courbet auto-retrato |
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Bonjour, Monsieur Courbet |
Enterro em Ornans, 1850, óleo sobre tela, 315 cm × 668 cm |
“ Os Britadores de Pedra” , 1850 |
As Peneiradoras do Trigo 1855 |
Homem ferido, 1844-54 |