top of page

Corpo humano

Cânone do corpo humano

    A Representação da Figura Humana ao longo da História da Arte    

Desde os princípios das sua existência, o Homem tentou representar-se .

Vamos fazer uma pequena viagem e ver o que foi acontecendo ao longo de milhares de anos.

    Arte Pré-Histórica    

 

   A representação da figura pré-histórica marca a sua importância como registro do modo de vida do homem dessa época.

    Arte Grega e Romana   

 

    Para os gregos e posteriormente pelos romanos, havia uma busca pela forma ideal expressa na representação do corpo humano como a manifestação máxima da perfeição, da beleza e do equilíbrio.Há uma enorme diversidade de cânones mas, ainda hoje, os mais utilizados no desenho de figuras humanas são os cânones clássicos gregos.
Já no séc. V a C., os Gregos estabeleceram as proporções ideais para o corpo humano belo. Preocuparam-se em proporcionar a forma encontrando-lhe toda a sua beleza natural. E, desde então até hoje, aplicamos ainda as mesmas relações de proporção, o cânone grego.

    Arte Medieval    

 

   Na figura medieval havia um caráter pedagógico alimentado pelo espírito cristão. O que dispensava os artistas de uma observação do real em suas representações.

    Arte Renascentista    

 

    A figura renascentista reflete o pensamento científico e racional do homem desse período.

No Renascimento, Leonardo Da Vinci estudou e recuperou o cânone grego, que tinha sido abandonado durante séculos.

    Arte Moderna    

 

 A figura humana modernista caracteriza-se pela busca incessante dos artistas em encontrar formas que representassem, de uma maneira adequada, um mundo em constante mudanças e transformações aceleradas que caracterizou o início do século XX

    Arte Contemporânea    

 

A figura contemporânea ora se apresenta de forma extremamente real, construída com materiais sintéticos, ora é o próprio corpo transfigurado e dissecado que é apresentado, ora vemos traços, manchas ou borrões que mais simbolizam a presença humana do que propriamente o interesse em representá-la.

    O Cânone do corpo humano

Cânone foi o título de um tratado sobre as proporções do corpo humano escrito pelo escultor grego Policleto em meados do século V a.C.. Também foi o nome que ele deu a uma estátua que criou como ilustração de suas teorias.

"… a beleza… não está na simetria dos elementos, mas na adequada proporção entre as partes, como por exemplo dos dedos uns para com os outros, estes para com a mão, esta para com o punho, este para com o antebraço, este para com o braço, e de tudo para com tudo, como está escrito no Cânone de Policleto.

O Homem Vitruviano descreve as proporções do corpo humano masculino.

    Vitrúvio já tinha tentado encaixar as proporções do corpo humano dentro da figura de um quadrado e um círculo, mas as suas tentativas ficaram imperfeitas. Foi apenas com Leonardo que o encaixe saiu corretamente perfeito dentro dos padrões matemáticos esperados.

Embora não seja uma unanimidade, hoje está estabelecido com pouca margem de dúvida que a estátua  com o nome de Doríforo (c. 450-440 a.C.), é aquela que serve como o Cânone do corpo humano.

    Os primeiros passos no desenho do corpo humano    

Na figura humana, há um plano vertical de simetria e um módulo que proporciona as partes.


Existe um módulo para proporcionar todas as partes do corpo:   a cabeça.


O corpo do homem enquadra-se num rectângulo com

7 e 1/2 módulos de altura e 2 módulos de largura.

Encontramos situações que sugerem 8 cabeças de altura.

 

 


No corpo humano adulto, bem proporcionado:

 

- a distância entre os ombros é de 2 cabeças;

- à altura de 3 cabeças, situa-se o umbigo,
- à altura de 4 cabeças, situa-se o púbis e os pulsos;

- o cotovelo fica situado a meio entre o ombro e o pulso;

- à altura de 6 cabeças, situam-se os joelhos;

- o tornozelo fica a meio do último módulo, sendo o restante utilizado para representar o pé.
 

 

A desproporção altera o aspecto natural das formas. Por isso, na arte, a proporção, ou a desproporção podem ser utilizadas como recurso expressivo para acentuar determinados aspectos que mais interessam ao artista.

Com os braços abertos, como desenha Da Vinci, a distância entre as pontas dos dedos indicadores é igual à altura dos pés à parte superior da cabeça.

1)  Cabeça (até o queixo)

 

2)  Pescoço, a meio temos os ombros com a largura de duas cabeças, peito, axilas;

 

3)  Umbigo, abdomen  e cotovelos;

 

4)  Pùbis, quadris e pulsos

 

5)  Metade das coxas até o joelho

 

6) Joelho 

 

7) Gémeos

 

8)  tornozelo e pés

      Proporções ideais ao longo da idade    

.

Construir personagens

.

bottom of page